terça-feira, 23 de novembro de 2010
O ESPORTE CLUBE VITÓRIA
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Eu sou mais o Barradão
Uma questão está posta para ser debatida pela torcida rubro-negra. Jogar ou não na Fonte Nova? Há muitos aspectos a serem pesados e avaliados que dão a esta questão nuances de complexidades maiores do que aparenta.
Porque jogar na Arena do Governador??? Os defensores do "Moderno" argumentam que... será um local mais avançado e etc... que haverá maior retorno e "vantagens competitivas" e eu pergunto para quem? Tendo a não acreditar em nada disso que é veiculado simplesmente porque o lucro nunca é pulverizado.
O Barradão tem sérios problemas; mas abrir mão do patrimônio para dar garantia de lucro ao investimento da Fonte Nova, a meu ver, não é o caminho. Naquele lugar nunca fomos felizes. Prefiro um projeto sério de reestruturação [EU FALEI REESTRUTURAÇÃO] do Barradão que considere:
- Acessibilidade;
- Mobilidade;
- Segurança;
- Transporte e etc...
[Só para exemplificar: poder-se-ia cria uma estação de transportes na área do estádio e se viabilizar o acesso por coletivos. É pouco inteligente querer pensar grandes eventos com carro parando na porta -como é pensamento pequeno-burguês baiano].
Muita gente fala mal do Barradão por preconceito por estar numa região popular, Saibam que onde se colocar grandes eventos,seja em que bairro for, haverá problemas sociais e criminais, uma vez que o modelo excludente cobra sempre seus impostos [os legais e os informais]. Muita gente só toma conhecimento da miséria existente em Salvador olhando da janela do carro o depósito devidas que é aquela região.
O ECV tem que usar de sua "Bancada" para formular e viabilizar um amplo projeto de reestruturação do Estadio e de seu entorno, gerando assim, riqueza para o Clube e para o povo que reside em seu entorno, desempenhando assim seu papel social. E vamos parar que querer esquecer que pobreza existe!
O Inter, Grêmio, Vasco, Flamengo, Palmeiras, Corinthians... e outros, estão pensando em investir em arenas particulares... é falacioso dizer que o Barradão é inviável. Que me provem do contrário.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Eleição, valetudo, mídia e ética... e o Brasil
Tomei a liberdade de reproduzir carta do intelectual Leonardo Boff devido à sua clareza, exposição objetiva e contundente. Espero que a leitura seja agradável e proveitosa no sentido de nos fazer refletir no papel dos veiculos de comunicação e na qualidade da informação veiculada e incutida em nossas mentes e subconscientes.
Espero que o autor nao se incomode com a reprodução do seu texto na integra, como segue:
"A Mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma
Leonardo Boff*
Sou profundamente a favor da liberdade de expressão em nome da qual fui punido
com o “silêncio obsequioso ”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser
preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil
Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes
militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual
enfrentamento entre o Presidente Lula e a mídia comercial que reclama ser
tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de
idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está
havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota
eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a
candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de
fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus
interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia”
mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob
tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da
Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão
cínica e o que há de mais falso e xulo da imprensa brasileira. Estes estão a
serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o
povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e
fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa,
esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos,
editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta
autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado
com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista.
Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande
tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a
Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o
mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem
meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do
peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e
Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada,
antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se
reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu,
pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou
seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou
sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação,
conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que
lhe pertence(p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os
pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor
do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente
como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo
devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o
Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram
conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de
onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coronéis e de
“fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos
nós”, frase tão distorcida por essa mídia raivosa, quis enfatizar que o povo
organizado e consciente arrebatou a pretensão da mídia comercial de ser a
formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à
ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes
de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si
mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma
revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do
povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de
brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se
fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média.
Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola,
a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição
de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já
beneficiados à custa das massas destituídas e com salários de fome. Agora
ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias
e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual
há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer
que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção
dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora
e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que
assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica,
não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática
do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas
delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava
preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico
que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos
sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA
faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com
referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de
produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a mídia comercial e Lula/Dilma é a
questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocolonial, neoglobalizado e no
fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos,
antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para
construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas
estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a
despeito das má vontade deste setor endurecido da mídia comercial e empresarial.
A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construído com
suor e sangue por tantas gerações de brasileiros."
*teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da
Carta da Terra.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Meu Vitória, Vencedor!
A hora é de dar apoio a quem ta falhando (frangando)… a quem, a despeito de qualquer coisa, entra em campo com a camisa RUBRO-NEGRA do Leão da Bahia! Tudo o que eu não quero é ver meu time rebaixado. Então, a partir de agora torcida rubro-negra, todo apoio ao ECV, seja quem seja o treinador, o presidente, ou o jogador… e que estes joguem como homens. A situação é preocupante mas não dessesperadora e com trabalho e vitórias através de um jogo consistente é possivel reverter as espectativas de quem quer nos ver rebaixados, sejam eles quem for.
Depois… aí sim, é a hora de discutir o CLUBE. Eu considero que são coisas diferentes, o time e o clube. Você pode ter um clube forte e um time fraco (o Flamengo por exemplo), e vice versa como por exemplo foi o Bragantino ou o São Caetano e domésticamente o Colo-Colo quando foi campeão baiano… Precisamos urgentemente passar a discutir nosso Clube e não apenas o time!!!
Você tem alguma proposta de mudança?
[este blog está aberto, voluntariamente, a ser mais um espaço de debate do que acontece no ECV].
domingo, 22 de agosto de 2010
O ressuscitador de mortos
Vi "in loco" o Vitória perder o título da segundona para o Paraná na Fonte Nova, Vi perder o Brasileiro para o Palmeiras na Fonte Nova e a Copa do Brasil para o Santos no Barradas... mais nada me deixou mais enfurecido que essa derrota para o Palmeiras pela Copa Sulamericana ressuscitando mais uma vez um time em crise como de mal costume. Este jogo me fez cair a ficha: ECV É CLUBE PEQUENO!
Pequeno na mentalidade, na gestão, no elenco, no treinador, no marketing...na direção. Após a eliminação frente ao Palmeiras fiquei muito triste e reflexivo, pois algumas verdades são duras e precisaram ser enfrentadas por mim:
1 - Apesar de ser um Leão no Barradão, toda vez que sai dos seus domínio... é um gatinho. time local de expressão apenas estadual. Talvez não tenhamos mentalidade suficiente para ser grande!
2 - Não existe projeto consistente de títulos e vitórias no ECV, mas projeto de se manter na Serie A como puder. Talvez não tenhamos estrutura organizacional ainda para ser grande!
3 - Nunca vi um discurso de vencedor no ECV. Talvez não tenhamos dirigentes capacitados para ser grande!
Pessoalmente não me sinto tão decepcionado com o futebol do ECV, desde 1984, quando perdemos um campenato ganho, para o Bahia, no grito por falta de postura da direção do Vitória, quando a diretoria do rival invadiu o campo e tumultuando impediu nossa Vitória. Mentalidade... É necessário mudar a mentalidade de um time [e um clube] que fora do Barradão é frouxo e covarde... é minúsculo!
Não estou pedindo mudança de Presidente nem saida de treinador, aliás por mim, Ricardo Silva estaria ai até hoje pois apesar da críticas ele tinha o elenco fechado com ele. Estou querendo mostrar - nesse momento de dor, é fato - que é preciso uma mudança de atitude mental antes de tudo, pois há algo errado com o ECV; e eu acredito que é na atitude mental de todos no Clube. Mudamos essa atitude frente ao rival e o suplantamos, pois antes é inegável que o ECV tremia nas finais contra o outro.
Não quero cornetar, não quero tirar jogador nem treinador e muito menos tumultuar o Clube que amo - estou apenas alertando e cobrando CORAGEM, HONRA À CAMISA, E FÉ, vejo que falta fé no ECV.
Para a vitória é necessário vencer.
domingo, 11 de julho de 2010
Impressões da Copa
Com um golzinho chorado de Iniesta, a seleção da Espanha ganhou o título da Copa FIFA sobre a decepcionante Holanda. O jogo foi frustrante como o próprio torneio a despeito do que diz a grande mídia, para mim a Copa foi tecnicamente um fiásco. Há tanto o que dizer a respeito de tantos elementos que ficaram evidenciados durante o torneio em quem um Polvo foi o grande destaque.
Por outro lado, no aspecto sociológico, a Copa FIFA foi um sucesso! Sim, pois nos mostrou o sofrido povo africano, o lindo país que é a Africa do Sul, a forma pacífica como no geral transcorreram os jogos (houveram alguns conflitos mínimos), Nélson Mandela... é, politicamente foi exitosa. Mas o que me interessa mesmo é o aspecto esportivo. O Mundial apresentou aspectos técnicos, disciplinares e emocionais incrívelmente baixos e que comporam um quadro geral decepcionante. A Copa foi fraca.
Tecnicamente, as seleções jogaram um futebol sem criatividade com a exceção da Argentina e da Alemanha, não é atoa que fizeram o jogo mais bonito da Copa. As seleções Africanas trocaram a alegria irresponsável mas rica de outras edições, por um futebol agressivo, violento e maldoso. Os Europeus prevaleceram... mais uma vez pela frieza e obediência tática. Os americanos foram medianos e os do sul pareciam dominar o torneio, mas sucumbiram às emoções tendo no Uruguai retranqueiro seu melhor representante. A bola do jogo é um exemplo de um velho ditado: o melhor inimigo do bom é o execelente; ou seja, será mesmo necessário tanta "tecnologia" para produzir uma bola que INTERFERE no resultado do jogo? Não é melhor investir numa filosofia do jogo franco que resulte em gols?
Disciplinarmente a disputa ficou muito prejudicada. Os árbitros ou não entendem de arbitragem ou estão mal intencionados, pois os erros creditados à humanidade deles não foram os decisivos. Nos jogos do Brasil estava liberado dar pontapé nos brasileiros, que perderam jogadores machucados para jogos importanetes e tiveram seu craque expulso por se irritar e revidar agressões; a Inglaterra não vai esquecer do jogo contra a Alemanha e do seu gol que só a arbitragem não viu, a Argentina foi favorecida com um gol em impedimento escandaloso e a violência foi tolerada em prol de não expulsar os agressores, mas permitindo a contusão dos bons jogadores; que dizer disto então: melhor é chuta, pisar, cotovelar do que jogar.
Durante as partidas ficaram evidenciadas diversas atitudes intempestivas e destemperadas. Vários atletas como um nigeriano e o famoso Felipe Melo, se perderam em pontapés sem classe e agressões deselegantes. A pouca qualidade técnica parecia ser o estopim do descontrole emocional. Ao que parece a preparação passa pelo preparo físico, técnico mas também psicológico e nesse aspecto, muitas equipes deixaram a desejar - especialmente o Brasil. Não apenas o volante desastrado, mas muitos jogadores brasileiros demonstraram fraqueza emocional, dentre eles os que deveriam ser destaque gerando assim muita correria e pouca harmonia.
Por fim, As estrelas se apagaram. Quem foi o craque da Copa? Na verdade se a FIFA fosse honesta ninguem seria eleito. Rooney, Kaká, Robinho, L. Fabiano, Fabregas, Messi, Ribery e diversos outros fracassaram e ficamos com o inexpressivo Klose e as gratas surpresas da seleção alemã e seu futebol artificial. Os espanhóis atuaram muito bem coletivamente, os holandeses estratégicamente mas nada muito encantador.
Uma linda copa socialmente falando e esportivamente frustrante. Assim foi para mim o mundial 2010. E para você?