terça-feira, 23 de novembro de 2010

O ESPORTE CLUBE VITÓRIA

Caros Torcedores do ECV,

Estou reproduzindo aqui meu sentimento como Rubro-negro expresso, antes mesmo de qualquer desfecho desse campeonato. Não escreverei mais nada até o ano de 2011.

Depois do jogo passado, e já a algum tempo venho pensando sobre a desportividade no futebol. Será que vale a pena participar de um teatro armado? Tenho a sensação que estamos a fazer papel de otário (e como não sou torcedor do rival) , este papel me deixa profundamente desconfortável.

Se existe a carta marcada, o interesse do "patrocinador" em fabricar o campeão, se, de fato, o futebol é tão manipulado assim... o que fazemos nós nas arquibancadas? papel de otário? Ou será que nosso clube de verdade é mediocre? Mediocre na visão, no planejamento, na capacidade, e no seu porte? E não estou falando isso pelo fato dele cair ou não, mas pelas posturas que observo.

A derrocada do ECV (repito, caindo o não caindo), não se verificou no jogo do Corinthians, mas em diversos outros episódios que nem vou relatar aqui, apenas dizer que em 36 rodadas, apenas nove (9) vitórias... É INACEITÁVEL, ao menos para mim que não me nivelo por baixo e penso no meu time grande.

É incompreensível que certas coisas aconteçam e nada seja feito. A arbitragem, jogador dando migué, diretoria fazendo burradas... Ano após ano essas coisas se repetem no Futebol do ECV e nada é feito para mudar.

Se, a estrutura do futebol e a mídia verdadeiramente buscam favorecer os times do sul do país, porque participar então do Brasileirão? Ah, para ganhar recursos financeiros... então porque o Clube nunca tem recursos? Porque somos sempre pobres de marré-dé-sí? Onde as ações efetivas de marketing esportivo e de melhoria da imagem do Clube? Somos, na verdade, inclinados apenas a reclamar , isto sim.

Jogador dando migué no time é coisa antiga (desde antes dos tempos da bala na cara do Alan Delon), será que nada no contrato deles tem cláusula de comportamento e imagem? Será que há algo escuso para se tolerar tanta postura anti-profissional? Porque jogador pego na balada nao tem o contrato rescindido, multado, suspenso ou se repercute oficialmente o nome dos taiszinhos? Não sou torcedor de jogador, quer seja paredão ou raça de cão.

Como explicar que os jogadores, em meio à uma disputa, dêem declarações que querem deixar o clube e a DIRETORIA não os afasta do elenco. jogador enterrão é pior que jogador da base inexperiente, porque a inexperiência agente perdoa. Jogador que faz gol e gesticula para a torcida, jogador falastrão... tem que haver código de ética nesse clube, pois os atletas só enchergam o time como plataforma de lançamento, sem demonstrar amor a nossa camisa.

Há que se destacar que tal postura não é de todos, pois não quero generalizar e todos sabem de quais jogadores estamos falando. E neste sentido, algumas críticas exageradas ao elenco não foram rebatidas com a necessária força pela diretoria nos meios de comunicação. O time ficou entre às Bocas do Inferno da mídia local, de gente que só quer lucrar com a miséria.

A TORCIDA RUBRO-NEGRA é o maior patrimônio do clube, pois eu bem sei, que graças a ela esse clube não deixou de existir. Ou o ECV cria mecanismos de participação da torcida na vida do Clube, mecanismos de controle social... ou não fará sentido associar-se a ele.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eu sou mais o Barradão

Uma questão está posta para ser debatida pela torcida rubro-negra. Jogar ou não na Fonte Nova? Há muitos aspectos a serem pesados e avaliados que dão a esta questão nuances de complexidades maiores do que aparenta.

Porque jogar na Arena do Governador??? Os defensores do "Moderno" argumentam que... será um local mais avançado e etc... que haverá maior retorno e "vantagens competitivas" e eu pergunto para quem? Tendo a não acreditar em nada disso que é veiculado simplesmente porque o lucro nunca é pulverizado.

O Barradão tem sérios problemas; mas abrir mão do patrimônio para dar garantia de lucro ao investimento da Fonte Nova, a meu ver, não é o caminho. Naquele lugar nunca fomos felizes. Prefiro um projeto sério de reestruturação [EU FALEI REESTRUTURAÇÃO] do Barradão que considere:

  • Acessibilidade;
  • Mobilidade;
  • Segurança;
  • Transporte e etc...

[Só para exemplificar: poder-se-ia cria uma estação de transportes na área do estádio e se viabilizar o acesso por coletivos. É pouco inteligente querer pensar grandes eventos com carro parando na porta -como é pensamento pequeno-burguês baiano].

Muita gente fala mal do Barradão por preconceito por estar numa região popular, Saibam que onde se colocar grandes eventos,seja em que bairro for, haverá problemas sociais e criminais, uma vez que o modelo excludente cobra sempre seus impostos [os legais e os informais]. Muita gente só toma conhecimento da miséria existente em Salvador olhando da janela do carro o depósito devidas que é aquela região.

O ECV tem que usar de sua "Bancada" para formular e viabilizar um amplo projeto de reestruturação do Estadio e de seu entorno, gerando assim, riqueza para o Clube e para o povo que reside em seu entorno, desempenhando assim seu papel social. E vamos parar que querer esquecer que pobreza existe!

O Inter, Grêmio, Vasco, Flamengo, Palmeiras, Corinthians... e outros, estão pensando em investir em arenas particulares... é falacioso dizer que o Barradão é inviável. Que me provem do contrário.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleição, valetudo, mídia e ética... e o Brasil

Tomei a liberdade de reproduzir carta do intelectual Leonardo Boff devido à sua clareza, exposição objetiva e contundente. Espero que a leitura seja agradável e proveitosa no sentido de nos fazer refletir no papel dos veiculos de comunicação e na qualidade da informação veiculada e incutida em nossas mentes e subconscientes.

Espero que o autor nao se incomode com a reprodução do seu texto na integra, como segue:


"A Mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma


Leonardo Boff*

Sou profundamente a favor da liberdade de expressão em nome da qual fui punido
com o “silêncio obsequioso ”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser
preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil
Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes
militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual
enfrentamento entre o Presidente Lula e a mídia comercial que reclama ser
tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de
idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está
havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota
eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a
candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de
fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus
interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia”
mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob
tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da
Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão
cínica e o que há de mais falso e xulo da imprensa brasileira. Estes estão a
serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o
povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e
fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa,
esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos,
editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta
autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado
com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista.
Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande
tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a
Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o
mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem
meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do
peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e
Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada,
antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se
reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu,
pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou
seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou
sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação,
conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que
lhe pertence(p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os
pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor
do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente
como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo
devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o
Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram
conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de
onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coronéis e de
“fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos
nós”, frase tão distorcida por essa mídia raivosa, quis enfatizar que o povo
organizado e consciente arrebatou a pretensão da mídia comercial de ser a
formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à
ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes
de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si
mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma
revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do
povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de
brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se
fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média.
Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola,
a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição
de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já
beneficiados à custa das massas destituídas e com salários de fome. Agora
ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias
e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual
há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer
que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção
dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora
e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que
assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica,
não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática
do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas
delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava
preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico
que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos
sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA
faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com
referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de
produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a mídia comercial e Lula/Dilma é a
questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocolonial, neoglobalizado e no
fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos,
antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para
construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas
estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a
despeito das má vontade deste setor endurecido da mídia comercial e empresarial.
A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construído com
suor e sangue por tantas gerações de brasileiros."

*teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da
Carta da Terra.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Meu Vitória, Vencedor!

Depois de uma confusão digna de "Os Trapalhões" promovida pela dupla Arini-Cecílio, que agora é passado (e inglório); a propalada contratação de Cerezo que viajou, viajou, viajou... e ai descobriu que tem problemas familiares (Eu acredito!) a Diretoria do ECV parece que resolveu agir de forma mais consciente - espero, efetivando quem nunca devia ter saído no início dessa Opera Bufa. Os fatos não negam a nova postura com as mudanças efetivadas no Clube. O mais importante agora é acertar o que está errado e seguir em frente.

A hora é de dar apoio a quem ta falhando (frangando)… a quem, a despeito de qualquer coisa, entra em campo com a camisa RUBRO-NEGRA do Leão da Bahia! Tudo o que eu não quero é ver meu time rebaixado. Então, a partir de agora torcida rubro-negra, todo apoio ao ECV, seja quem seja o treinador, o presidente, ou o jogador… e que estes joguem como homens. A situação é preocupante mas não dessesperadora e com trabalho e vitórias através de um jogo consistente é possivel reverter as espectativas de quem quer nos ver rebaixados, sejam eles quem for.


Depois… aí sim, é a hora de discutir o CLUBE. Eu considero que são coisas diferentes, o time e o clube. Você pode ter um clube forte e um time fraco (o Flamengo por exemplo), e vice versa como por exemplo foi o Bragantino ou o São Caetano e domésticamente o Colo-Colo quando foi campeão baiano… Precisamos urgentemente passar a discutir nosso Clube e não apenas o time!!!


Você tem alguma proposta de mudança?


[este blog está aberto, voluntariamente, a ser mais um espaço de debate do que acontece no ECV].

domingo, 22 de agosto de 2010

O ressuscitador de mortos

Continuando no mundo do futebol, pois não quero falar de política ou de assuntos outros no momento, gostaria de falar sobre o time do meu coração: Esporte Clube Vitória, o Leão da Bahia.

Vi "in loco" o Vitória perder o título da segundona para o Paraná na Fonte Nova, Vi perder o Brasileiro para o Palmeiras na Fonte Nova e a Copa do Brasil para o Santos no Barradas... mais nada me deixou mais enfurecido que essa derrota para o Palmeiras pela Copa Sulamericana ressuscitando mais uma vez um time em crise como de mal costume. Este jogo me fez cair a ficha: ECV É CLUBE PEQUENO!

Pequeno na mentalidade, na gestão, no elenco, no treinador, no marketing...na direção. Após a eliminação frente ao Palmeiras fiquei muito triste e reflexivo, pois algumas verdades são duras e precisaram ser enfrentadas por mim:

1 - Apesar de ser um Leão no Barradão, toda vez que sai dos seus domínio... é um gatinho. time local de expressão apenas estadual. Talvez não tenhamos mentalidade suficiente para ser grande!
2 - Não existe projeto consistente de títulos e vitórias no ECV, mas projeto de se manter na Serie A como puder. Talvez não tenhamos estrutura organizacional ainda para ser grande!
3 - Nunca vi um discurso de vencedor no ECV. Talvez não tenhamos dirigentes capacitados para ser grande!

Pessoalmente não me sinto tão decepcionado com o futebol do ECV, desde 1984, quando perdemos um campenato ganho, para o Bahia, no grito por falta de postura da direção do Vitória, quando a diretoria do rival invadiu o campo e tumultuando impediu nossa Vitória. Mentalidade... É necessário mudar a mentalidade de um time [e um clube] que fora do Barradão é frouxo e covarde... é minúsculo!

Não estou pedindo mudança de Presidente nem saida de treinador, aliás por mim, Ricardo Silva estaria ai até hoje pois apesar da críticas ele tinha o elenco fechado com ele. Estou querendo mostrar - nesse momento de dor, é fato - que é preciso uma mudança de atitude mental antes de tudo, pois há algo errado com o ECV; e eu acredito que é na atitude mental de todos no Clube. Mudamos essa atitude frente ao rival e o suplantamos, pois antes é inegável que o ECV tremia nas finais contra o outro.

Não quero cornetar, não quero tirar jogador nem treinador e muito menos tumultuar o Clube que amo - estou apenas alertando e cobrando CORAGEM, HONRA À CAMISA, E FÉ, vejo que falta fé no ECV.

Para a vitória é necessário vencer.

domingo, 11 de julho de 2010

Impressões da Copa

Acabou! Finalmente...

Com um golzinho chorado de Iniesta, a seleção da Espanha ganhou o título da Copa FIFA sobre a decepcionante Holanda. O jogo foi frustrante como o próprio torneio a despeito do que diz a grande mídia, para mim a Copa foi tecnicamente um fiásco. Há tanto o que dizer a respeito de tantos elementos que ficaram evidenciados durante o torneio em quem um Polvo foi o grande destaque.

Por outro lado, no aspecto sociológico, a Copa FIFA foi um sucesso! Sim, pois nos mostrou o sofrido povo africano, o lindo país que é a Africa do Sul, a forma pacífica como no geral transcorreram os jogos (houveram alguns conflitos mínimos), Nélson Mandela... é, politicamente foi exitosa. Mas o que me interessa mesmo é o aspecto esportivo. O Mundial apresentou aspectos técnicos, disciplinares e emocionais incrívelmente baixos e que comporam um quadro geral decepcionante. A Copa foi fraca.

Tecnicamente, as seleções jogaram um futebol sem criatividade com a exceção da Argentina e da Alemanha, não é atoa que fizeram o jogo mais bonito da Copa. As seleções Africanas trocaram a alegria irresponsável mas rica de outras edições, por um futebol agressivo, violento e maldoso. Os Europeus prevaleceram... mais uma vez pela frieza e obediência tática. Os americanos foram medianos e os do sul pareciam dominar o torneio, mas sucumbiram às emoções tendo no Uruguai retranqueiro seu melhor representante. A bola do jogo é um exemplo de um velho ditado: o melhor inimigo do bom é o execelente; ou seja, será mesmo necessário tanta "tecnologia" para produzir uma bola que INTERFERE no resultado do jogo? Não é melhor investir numa filosofia do jogo franco que resulte em gols?

Disciplinarmente a disputa ficou muito prejudicada. Os árbitros ou não entendem de arbitragem ou estão mal intencionados, pois os erros creditados à humanidade deles não foram os decisivos. Nos jogos do Brasil estava liberado dar pontapé nos brasileiros, que perderam jogadores machucados para jogos importanetes e tiveram seu craque expulso por se irritar e revidar agressões; a Inglaterra não vai esquecer do jogo contra a Alemanha e do seu gol que só a arbitragem não viu, a Argentina foi favorecida com um gol em impedimento escandaloso e a violência foi tolerada em prol de não expulsar os agressores, mas permitindo a contusão dos bons jogadores; que dizer disto então: melhor é chuta, pisar, cotovelar do que jogar.

Durante as partidas ficaram evidenciadas diversas atitudes intempestivas e destemperadas. Vários atletas como um nigeriano e o famoso Felipe Melo, se perderam em pontapés sem classe e agressões deselegantes. A pouca qualidade técnica parecia ser o estopim do descontrole emocional. Ao que parece a preparação passa pelo preparo físico, técnico mas também psicológico e nesse aspecto, muitas equipes deixaram a desejar - especialmente o Brasil. Não apenas o volante desastrado, mas muitos jogadores brasileiros demonstraram fraqueza emocional, dentre eles os que deveriam ser destaque gerando assim muita correria e pouca harmonia.

Por fim, As estrelas se apagaram. Quem foi o craque da Copa? Na verdade se a FIFA fosse honesta ninguem seria eleito. Rooney, Kaká, Robinho, L. Fabiano, Fabregas, Messi, Ribery e diversos outros fracassaram e ficamos com o inexpressivo Klose e as gratas surpresas da seleção alemã e seu futebol artificial. Os espanhóis atuaram muito bem coletivamente, os holandeses estratégicamente mas nada muito encantador.

Uma linda copa socialmente falando e esportivamente frustrante. Assim foi para mim o mundial 2010. E para você?

sábado, 3 de julho de 2010

A Fênix

Reativando em tempos de mundial... é sim. Criei este blog em 2007 e nunca dei segmento desde então. Mas em tempos de "JABULAAANE" me reacendeu a vontade de retornar à blogosfera e aqui estou. Espero que gostem, critiquem, debatam e me ajudem a dar vida a esta insólita iniciativa.

O jogo e a vida

A Copa do Mundo... não é nossa, fazer o quê? O mundial de "Soccer", "Calcio" e, para nós brasileiros Futebol é apenas um torneio esportivo como outro qualquer. Bem, isto é em parte verdade: o torneio organizado pela FIFA é, sem dúvida alguma O EVENTO esportivo do planeta.
A punjança da Copa da FIFA se sobrepôe às Olimpíadas e a qualquer outro evento organizado no Planeta, para isto basta ver os números e a mobilização mundial em torno das seleções nacionais em cada rincão do planeta.
Se por um lado, se trata de um torneio relativamente simples e cheio de falhas técnicas (me refiro exclusivamente aos aspectos esportivos), jogos fracos, árbitros ruins, e muito jogador mediocre; muito em função do aumento do numero de seleções participantes para 32, uma medida política e comercial. De outro, é um evento exclarecedor! Um evento contundente!
O jogo de futebol, como um simulacro, parece ser uma analogia da vida, trazendo à lume a postura interior de muitos e punindo inexorávelmente, por vezes, a arrogância e a vaidade - desfilada em palavras e discursos veiculados em miríades de entrevistas.
O Futebol, premia o talento! Isso é fato. É conversa fiada o papo das táticas e planejamentos como definidores do sucesso. O FUTEBOL PREMIA O TALENTO. Sim, e premia o talento do dia, do momento, outra vez como simulacro da vida. O sucesso da partida anterior não define o jogo atual, o momento atual.
O trabalho tem que ser em equipe, a final o nome do jogo é Futebol Associado. Em equipe desde a cúpula, comando técnico, preparação física, condicionamento técnico... Ah! mas se não tiver o TALENTO, nada acontece- não é Dunga? Se somente tiver o talento também não, que nos digam 'Los hermanos'.
O futebol é Cruel; e viver?