sábado, 20 de outubro de 2007

HELENA

Se foi minha vovó.
Era esperado... nunca, porém, plenamente aceitado.
A “minha vó”, como eu sempre lhe chamava
A minha, só minha - menino dengoso...]
Mas de tantos, tantos outros netos
A minha avó Helena, não a de Tróia
Mãe Helena de muitos
Filhos e netos de coração e cuidados
Mas em alguma medida, só minha!!!
Foi-se entre flores, e entre as flores agora está
Foi-se entre lágrimas, mas em sorrisos ficará
Foi-se entre amores, e em meu coração permanecerá
A encobrir minhas falhas
A não julgar meus defeitos
A me fazer vontades... todas as vontades
A me dizer sempre: “menino, chegue cedo... sua mãe fica preocupada”
A me dizer coisas boas, sempre boas...
Minha velha teimosa, obstinada e de vontade forte
Minha velha imperfeita; sim, tinha defeitos como todos
Mas suas qualidades, nem todos
Generosa, de coração grande e marcação forte
Trabalhadora, bem disposta e independenteSempre, até o fim independente
E, acima de tudo, amorosa, pois sabia servir – amar é servir
Como eu pude?
Como não lhe fizera um poema antes?(Escondido em minha timidez)
É porque para mim, Helena, guerreira que era
Seria eterna, seria invencível
Mas ela tombou, ante o seu inimigo
Foi-se então, sobrando o vazio
Não de tristeza, mas da certeza
Triste era vê-la sofrer
Vai com Deus
Na misericórdia e amor dele
Vai minha velha
Meu amor
Minha, só minha, nossa "VÓ"!

IVÃ - 29/01/2006
A falta nunca cessará; a saudade nunca acabará, até que venha o que sara todas as coisas.
Com amor
Seu Neto.